OS OMBROS DA MARQUESA

OS OMBROS DA MARQUESA

$27.026
IVA incluido
Sujeto Disponibilidad de Proveedor
Editorial:
(523).SISTEMA SOLAR
Año de edición:
ISBN:
978-989-99307-0-4
Páginas:
169
Encuadernación:
Otros
Idioma:
PORTUGUES
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Um Zola irónico, um Zola-outro, excêntrico à grave dureza do mundo dos seus Rougon-Macquart. O Émile Zola contista ù os seus momentos doromancista em férias ù mostra-se exímio a garantir, entre as balizasdo espaço que os jornais lhe determinavam, e com grande eficácia,todos os efeitos que imaginou para uma história. Fê-lo sob diferenteshumores. Encontramo-lo romântico, dramático, cómico, fantástico,afastado do naturalismo das suas obras centrais e muitas vezes asolicitar-nos aquela «voluntária suspensão da incredulidade» queColeridge citou como essencial à fruição máxima de certas obrasliterárias. [Aníbal Fernandes] «Desde há quinze meses a marquesa estádesolada, desesperada, aniquilada. Tem pavorosas enxaquecas, maushumores terríveis. Bate com impaciência nas suas criadas de quarto, ea si mesma bateria, se não tivesse respeito pela sua encantadorapessoa. Ai de mim! Desde há quinze meses a marquesa não frequentou omais insignificante baile, não teve uma única ocasião para mostrar osombros. Já vos falei do bom tempo destes ombros famosos, os maissólidos sustentáculos do Segundo Império. Ela mostrava-os até aosrins, até ao bico dos seios, e convertia os mais austeros àsmaravilhas do regime. Foram esses ombros que fizeram, junto dosministros, nas embaixadas, aplaudir a guerra do México e as outrastolices de Bonaparte. M. Rouher nunca teria consentido no segundoplebiscito se esses ombros lhe não tivessem garantido a vitória.Estaria a carreira destes ombros terminada? Ela teria de reformar-se,seguindo o exemplo de certos marechais do Império? Já tinham deixadode combater! Ficariam metidos no estojo, quero eu dizer na blusa, como velhas armas enferrujadas com um interesse que só era arqueológico!»[Émile Zola]

Um Zola irónico, um Zola-outro, excêntrico à grave dureza do mundo dos seus Rougon-Macquart. O Émile Zola contista ù os seus momentos doromancista em férias ù mostra-se exímio a garantir, entre as balizasdo espaço que os jornais lhe determinavam, e com grande eficácia,todos os efeitos que imaginou para uma história. Fê-lo sob diferenteshumores. Encontramo-lo romântico, dramático, cómico, fantástico,afastado do naturalismo das suas obras centrais e muitas vezes asolicitar-nos aquela «voluntária suspensão da incredulidade» queColeridge citou como essencial à fruição máxima de certas obrasliterárias. [Aníbal Fernandes] «Desde há quinze meses a marquesa estádesolada, desesperada, aniquilada. Tem pavorosas enxaquecas, maushumores terríveis. Bate com impaciência nas suas criadas de quarto, ea si mesma bateria, se não tivesse respeito pela sua encantadorapessoa. Ai de mim! Desde há quinze meses a marquesa não frequentou omais insignificante baile, não teve uma única ocasião para mostrar osombros. Já vos falei do bom tempo destes ombros famosos, os maissólidos sustentáculos do Segundo Império. Ela mostrava-os até aosrins, até ao bico dos seios, e convertia os mais austeros àsmaravilhas do regime. Foram esses ombros que fizeram, junto dosministros, nas embaixadas, aplaudir a guerra do México e as outrastolices de Bonaparte. M. Rouher nunca teria consentido no segundoplebiscito se esses ombros lhe não tivessem garantido a vitória.Estaria a carreira destes ombros terminada? Ela teria de reformar-se,seguindo o exemplo de certos marechais do Império? Já tinham deixadode combater! Ficariam metidos no estojo, quero eu dizer na blusa, como velhas armas enferrujadas com um interesse que só era arqueológico!»[Émile Zola]

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