O Mundo desde o Fim parte de uma interrogação sobre a existência deuma concepção moderna do mundo para refundir, numa vigorosa e lúcidadiscussão com Descartes, Kant, Hegel, Marx e Heidegger, os conceitosde modernidade e racionalidade. A modernidade não se encontra ondeordinariamente a supomos. Ela não consiste, põe exemplo, numa etapahistórica nem no desenvolvimento económico ou tecnológico, nem nomaterialismo, nem no relativismo, nem no neo-liberalismo. AntónioCicero descobre-a numa espécie de cogito ultracartesiano. Nesta serevela não só o núcleo da modernidade mas - na contramão do sensocomum pós-moderno ou pós-estruturalista dos nossos dias - umfundamento espistemológico absoluto e negativo. De que se trata? Parasabê-lo, leiam-se, com os olhos abertos para perspectivas inesperadase enriquecedoras, as páginas ardentemente racionais e claras de OMundo desde o Fim.