MANON LESCAUT

MANON LESCAUT

$28.775
IVA incluido
Sujeto Disponibilidad de Proveedor
Editorial:
(523).SISTEMA SOLAR
Año de edición:
ISBN:
978-989-8566-63-8
Páginas:
192
Encuadernación:
Otros
Idioma:
PORTUGUES
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Cocteau: «Um perfume libertino de pó-de-arroz, vinho na toalha e camadesfeita. As duas personagens estão cobertas com o óleo que há naspenas do cisne, o que lhe permite chapinhar na água sem seconspurcar.» No inferno destas duzentas páginas ouvimos da voz humana, e ao seu nível mais patético, os exorcismos, as ameaças, os gritos da revolta e do desespero, o sopro das encarniçadas forças de um heróide amor em luta contra as proibições da família, da religião, da ordem social e da sua própria fatalidade. Se a procura do absoluto é o quepedimos à poesia, o cavaleiro Des Grieux é um poeta da vida à procurade Manon Lescaut, o seu absoluto. Na posse de Manon Lescaut reside asua única pacificação metafísica, a sua única justificação douniverso. Com a amante desaparecida, só lhe resta morrer ouarrastar-se por uma má vida tão apodrecida como a morte. [GilbertLély] O padre Prévost ficou-nos como romancista. Escreveu históriasalongadas por muitos volumes, como pedia o gosto da sua época, e emsete títulos intitulou-se «homem de qualidade que se retirou do mundo» para contar com habilidade formal enredos pretendidos como memórias,as de um marquês observador, ouvidor, condoído e apaixonado porsingulares destinos que ao pé dele se denunciavam. Quando chegou aosétimo, chegou também ao seu mais perdurável momento nas letras, o dahistória com nome extenso e que a popularidade reduziu a ManonLescaut, por outros escritores muito apreciada, e conhecemos distoexemplos como os de Sainte-Beuve, Musset, Flaubert, Maupassantà entreos seduzidos pelo seu lado elegante e frívolo, pelo seu amor louco.Teve o desdém de Napoleão: «É bom para porteiras.» Teve a perplexidade de Montesquieu, que nas histórias só gostava da clareza dos bons edos maus, e se perdia quando lhe davam misturadas tintas: «O herói éum gatuno e a heroína uma dissoluta.» Jean Cocteau foi dos melhoresquando escreveu para este romance uma das suas frases: «Cortejo dearchotes com jogadores, trapaceiros, bebedores, debochados, devassasda polícia. [à] Um perfume libertino de pó-de-arroz, vinho na toalha e cama desfeita. As duas personagens estão cobertas com o óleo que hánas penas do cisne, o que lhe permite chapinhar na água suja sem seconspurcar.» [Aníbal Fernandes]