Dona Guidinha do Poço [à] recuperava nos seus traços gerais um casoque nos primeiros anos da década de 1850 perturbara a placidez deQuixeramobim (uma vila com este nome índio da tribo dos quixarés, acerca de duzentos quilómetros de Fortaleza). Nessas terras áridas esujeitas a secas prolongadas, a fazendeira Marica Lessa respondera emtribunal pelo assassínio do seu marido, o coronel Domingos dÆAbreu eVasconcelos, porque se tinha tomado de amores por Senhorinho Pereira,sobrinho do seu marido, e resolvera contratar um jagunço paradesafogar o caminho que levantava obstáculos à sua paixão. Foracondenada a muitos anos de cárcere passados na cadeia pública deFortaleza, e depois de sair em liberdade vagueara enlouquecida eindigente pelas ruas da cidade. Na história de Manoel de OliveiraPaiva, a fazendeira é Dona Margarida Reginaldo de Oliveira Barros, amulher bravia e apaixonada do Poço da Moita [à]. [Aníbal Fernandes]