ANTONIO AVERLINO FILARETE: A CIDADE IDEAL

ANTONIO AVERLINO FILARETE: A CIDADE IDEAL

$20.011
IVA incluido
Sujeto Disponibilidad de Proveedor
Editorial:
DAFNE EDITORA
Año de edición:
ISBN:
978-989-8217-29-5
Páginas:
136
Encuadernación:
TAPA BLANDA O BOLSILLO
Idioma:
PORTUGUES
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Filarete, um humanista do Renascimento formado no seio da vanguardaflorentina de quatrocentos, andou sempre por caminhos trocados,presente no tempo errado de cada lugar que lhe coube percorrer.Requisitado por Papas e príncipes como notável artista, capaz detransportar para outros territórios os sinais da modernidade nascente, não foi feliz na actuação prática nem capaz de superar os obstáculosque a sorte dos dias ia colocando no seu caminho. Frustrado pelaincompreensão dos que o deviam acompanhar nas acções de revolucionaras artes ao serviço dos novos senhores, mas seguro das razões que olevavam a admirar as teses de Brunelleschi e Alberti, registou comtoda a convicção em vinte e quatro livros de arquitectura o manancialde saberes e experiências colhidos ao longo de uma vida, não sabemosse sofrida ou satisfeita. A partir do seu tratado, o nome Filareteficou associado à ideia de Cidade Ideal. Os intelectuais doRenascimento tomaram das civilizações clássicas o mesmo entendimentodefinido pelos filósofos da Mileto pré-hipodâmica, em que o Homem,entidade primordial, é o observador capaz de entender o círculo dohorizonte e dele extrair o conceito de centralidade, da ordemgeométrica, da racionalização dos impulsos perante as evidências danatureza. Leram em Vitrúvio como deveriam ser organizadas as cidades.Correctamente dispostas no terreno numa estrutura radial adequada aodiagrama dos ventos, com as ruas a partir do centro e com limites bemmarcados por muros dispostos em octógono regular. Discurso abstracto,não longe do pressuposto didáctico da imposição de regras gerais euniversais, que favorecia a especulação teórica e, uma vez mais, opensamento ordenado segundo princípios geométricos. Parece que a noção de cidade ideal, a que se consubstancia no espírito de um ser humanointeligente, capaz de absorver em síntese criativa a extremacomplexidade da vida em colectivo, nunca conseguirá passar à práticaenquanto cidade perfeita. Nem a atitude projectual séria, preparadapara intervir em contexto real, se pode confundir com a utopia. Esta é irrealizável por definição, compõe um cenário de felicidadepretendida que se liberta de todos os constrangimentos para que omodelo social suportador da forma possa ser coerente e compreensível.É por isso que a utopia não pode sair do campo da obra literária, talcomo a cidade ideal nunca conseguiu ultrapassar a escala do plano,sempre longe da realidade.

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