«As Oníricas, na minha opinião, não propõem um novo sistema. Masquanto a criarem um mundo próprio, essa já é uma questão difícil.Tomemos por exemplo a relação entre mim e o Henry [personagem dospoemas]. Obviamente, o Henry é e não é eu. Tocamo-nos em certospontos. Mas eu sou um verdadeiro ser humano, ele é apenas uma série de concepções - as minhas concepções. Eu lavo os dentes, ele, a não serque eu o diga ao longo do poema, não. Ele só faz o que eu mando. Se eu consegui torná-lo verosímil, então ele executa todo o tipo de acçõesque não estão explícitas no poema. Porém, o leitor terá deimaginá-las. Isso é um mundo, mas não é um sistema religioso oufilosófico.»,ùJohn Berryman, em entrevista à Paris Review